Gosto de fazer conexões entre as
coisas, alguns poderão achá-las exageradas e fantasiosas, mas penso que existe
uma conexão e um significado mais profundo em tudo aquilo que aparenta ser um
mero acaso.
No fim-de-semana passado tivemos
muitos acontecimentos extraordinários, aparentemente sem qualquer ligação entre
si. No entanto, fazendo uma análise pode-se descobrir alguns paralelos entre
eles e aprofundar o seu significado.
No passado 13 de maio,
celebrou-se o centenário de Fátima e a visita do Papa Francisco a Portugal. Há
quem acredite e quem não acredite nas aparições e tudo é uma questão de fé.
Três crianças sob ameaças de membros da família, da igreja e do governo
mantiveram a sua versão inicial e só isto dá que pensar em como é que crianças
tão pequenas não cederam perante a pressão da autoridade quando até os próprios
adultos cederiam na mesma situação?
Crenças à parte, acho que a
mensagem de paz é que deve ficar independentemente se as aparições ocorreram ou
não. Naquela altura o próprio padre da paróquia da aldeia, não acreditou e
tentou ameaçar as crianças de todas as maneiras, sugerindo que o que elas
tinham visto era o diabo e que elas iriam para o inferno se não dissessem a
verdade. Na sua mente a história não fazia qualquer sentido e, portanto, só
podia ser uma mentira. Afinal porque é que Deus iria escolher três crianças
analfabetas e simples para enviar a sua mensagem? Porque é que Deus não falou com pessoas
importantes dentro igreja?
Parece que Deus prefere dar as
suas mensagens aos simples e aos
humildes e quem poderia ser mais simples do que três crianças de um meio rural?
Tal como jesus disse: “Graças te
dou, ó Pai, Senhor dos céus e da terra, pois escondeste estas coisas dos sábios
e cultos, e as revelaste aos pequeninos.
No mesmo dia em que se celebrou o
centenário e também a canonização de dois irmãos Francisco e Jacinta que devido
a sua simplicidade foram dignos de receber uma mensagem divina que tocou o
coração de milhares de pessoas em todo o mundo, também se celebrou a vitória de
dois irmãos que compuseram e interpretaram uma canção muito singela, mas que também
tocou os corações do mundo inteiro. Uma canção tão calma que foi interpretada
por um rapaz com uma aparência tão modesta sem qualquer aparato e num pequeno
palco no centro da arena.
Contra todas as apostas, uma vez
que é difícil imaginar como é que uma canção tão pouco festivaleira e que aparentemente
quebrava todas as regras de uma canção vencedora da Eurovisão, consegue não só ganhar,
mas encantar o mundo com a sua simplicidade, beleza e emotividade.
Assim, parece que a vitoria vai
para a simplicidade e a humildade .